domingo, 28 de março de 2010

A mulher de verdade segundo a Bíblia

No artigo anterior falou-se a respeito das características do verdadeiro padrão de homem segundo a Palavra de Deus que, como vimos, é bem diferente da idéia de masculinidade que o mundo propõe como estilo de comportamento. Com os padrões de feminilidade, a sociedade moderna fez uma inversão de valores semelhante, e é isso que será abordado aqui.

As mais fiéis seguidoras de Jesus foram as mulheres. Foi uma mulher que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas (Lucas 7:44). Foi também uma mulher a primeira pessoa a quem Cristo aparecer após ter ressuscitado (Marcos 16:9). As mulheres sempre estavam entre aqueles que perseveravam (Atos dos Apóstolos 1:14) e que tinham o coração aberto para a pregação (Atos dos Apóstolos 16:14). Mulheres sempre estavam entre o grupo dos que trabalhavam pelo evangelho (Filipenses 4:3) e, talvez por isso, à mulher é comparada a igreja, como uma esposa fiel e amorosa que se apronta para seu marido (Apocalipse 21:2).

Em face de tudo isso e de diversas outras citações honrosas que a Bíblia faz da mulher, é que podemos perceber o papel de destaque que a mulher tem dentro do contexto bíblico. Não naquilo que a aproxima do homem, mas naquilo que a diferencia. Deus criou homem e mulher, cada um com um papel, e sendo honrado (a) na medida em que se ajusta ao fim que foi criado (a) por Deus.

Mas, como sempre, o mundo perverteu os valores e padrões anunciados na Bíblia. As jovens do nosso tempo sofrem de um outro problema: a falta de padrão. A nossa “moderna” sociedade tem ensinado que o papel que a mulher sempre desempenhou na família até o inicio do século passado está ultrapassado. Ensina-se que deve ser ignorado o passado e se construir um novo modelo de mulher, avessa à submissão e a qualquer tipo de dependência do sexo masculino.

Muito disso começou como o corrompido movimento feminista, iniciado há cerca de um século atrás e agravado a partir da década de 60. No início, as mulheres buscavam apenas exercer a cidadania, através do voto. Mas em um segundo momento, as mulheres passaram a exigir uma “igualdade social” com os homens, o que consistiu numa reação das mulheres ao papel que desempenhavam no passado. Assim como Lúcifer achou que poderia ser igual a Deus e tentou usurpar ser igual a Ele, as feministas também quiseram ser iguais aos homens. Tanto o anjo de luz quanto as mulheres erraram. Aquele, por achar que deveria ser mais do que realmente era e estas por ignorarem a posição de honra que a própria Bíblia deu a elas, achando enganosamente que se desfrutassem de um papel exatamente igual ao do homem poderiam ser mais realizadas, negando assim os padrões estabelecidos desde a Criação.

Como a experiência sempre mostra que o ser humano jamais pode fazer algo melhor (ou sequer igual) ao que Deus idealizou, as conseqüências desse movimento têm sido funestas. O feminismo trouxe consigo um aumento significativo dos índices de homossexualismo, depressão e descontentamento entre as mulheres. Foi exatamente a partir da segunda fase do feminismo que a nossa sociedade experimentou uma das piores fases de decadência moral de sua história, culminando nos últimos cinquenta anos em tudo aquilo que temos visto hoje.

Dentro dessa falsa idéia de igualdade, as mulheres passaram a ser fruto dos modelos impostos pela mídia, nas propagandas de grandes lojas, nas entrevistas de modelos famosas e principalmente nas novelas, que mostram mulheres que se orgulham de ser independentes, mas ao mesmo tempo tratam seus próprios corpos como objeto de conquista e levam uma vida deprimida e vazia. A ilusão de um enganoso feliz último capítulo, faz as mulheres acharem que esse é o melhor modelo a ser seguido.

Ensina-se que a mulher de verdade deve ser, antes de tudo, independente. Constrói-se o mito de que a mulher só se realiza e só é reconhecida socialmente se trabalhar fora de casa. Além disso, ensina-se que a mulher deve ter um estilo tão permissivo e leviano quanto os homens do mundo. Para o mundo, a mulher deve ser autoritária e submeter todos os homens aos seus pés.

Mas será esse o tipo de mulher que a Bíblia recomenda? Será esse o modelo cristão de feminilidade? É óbvio que não. Então vejamos algumas das características da mulher de verdade segundo a Bíblia.

A mulher deve ser boa dona de casa: A Bíblia ensina que a mulher deve saber cuidar de sua casa. Em Provérbios, a Bíblia diz que a mulher está sempre pronta a dar de comer aos de casa a qualquer hora do dia (Provérbios 31:15) e não come o pão da preguiça (Provérbios 31:27).

Deve cuidar da sua aparência e família: Além de ser boa dona de casa, a mulher de verdade cuida bem da sua própria aparência e daqueles que dela dependem, providenciando para que eles estejam sempre bem vestidos (Provérbios 31:21-22).

Deve edificar com sabedoria: Ainda segundo Provérbios, a mulher deve saber edificar sua casa com sabedoria, sabendo a hora certa de falar (Provérbios 31:26). Enquanto a mulher sábia edifica o lar, a tola o destrói (Provérbios 14:1).

Deve ser companheira e auxiliadora idônea: Desde a Criação da mulher, Deus estabeleceu que a mulher seria uma companheira idônea do homem (Gênesis 2:18). E isso não coloca a mulher em posição de desonra, mas em lugar de honra e de importância única e insubstituível. A obra da Criação estava incompleta até que a mulher foi criada e com ela veio a mais bela das instituições: a família.

Deve ser mãe: O mais importante papel da mulher é ser mãe. Antes que sociedade se corrompesse, esse era o sonho de toda mulher. A mulher entende a importância de seu papel quando se torna mãe. Todos os grandes homens, e mesmo Jesus Cristo, foram gerados do ventre de uma mulher.

Deve ser intercessora: A mulher deve ser alguém que intercede por seu esposo e por sua família. Ela não se cansa de orar incessantemente por eles, e “sua lâmpada não se apaga de noite” (Provérbios 31:18).

Deve ser temente ao Senhor: Por fim, a mulher de verdade é temente ao Senhor.

“Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada.” (Provérbios 31:30).

Esse é o padrão de mulher segundo a Bíblia: sábia, boa dona de casa, companheira, mãe, intercessora e temente a Deus. Não são os valores que estão em moda, mas são valores eternos, comuns às mulheres que fizeram parte da Bíblia.

Cabe a você mulher analisar qual o melhor modelo a ser seguido. Valeria a pena cair no engano de que a Bíblia está ultrapassada, retrógrada? Será mesmo que a mulher feliz é a mulher independente, que não precisa de homem nenhum e que ignora o modelo de comportamento bíblico? Para todas essas perguntas, a melhor resposta é a negativa. E feliz e virtuosa será a mulher que entender que na Bíblia está o verdadeiro modelo de conduta para a mulher.

“Salvar-se-á, porém [a mulher], dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” (1 Timóteo 2:15)

domingo, 14 de março de 2010

O homem de verdade segundo a Bíblia

A nossa sociedade passa por uma crise moral. Como predito pela Bíblia, a iniqüidade tomou conta do coração dos homens e estes perderam sua afeição e tornaram-se egoístas. A família, instituição criada por Deus no Jardim do Éden, não é mais respeitada como nos séculos anteriores. O resultado disso é a falência moral da sociedade, que perdeu suas bases e referenciais.

Uma das razões disso está no fato de que os seres humanos perderam sua identidade. Os homens não são mais verdadeiros e respeitáveis como a Bíblia recomenda que fossem e as mulheres têm rejeitado o modelo de comportamento que a Bíblia estabeleceu como sendo o melhor para elas.

A nossa geração não sabe se relacionar, tampouco tem entendido o papel de cada sexo. Se assim não o fosse, não precisaríamos falar de homossexualismo, homofobia e temas tão desnecessários de serem falados como esses (principalmente se olharmos nossas gerações passadas), fruto de um desajustamento do homem diante do propósito para o qual ele foi criado.

Na criação, Deus estabeleceu dois gêneros: macho e fêmea. Não houve meio termo. Há poucos dias num programa de televisão, um pastor disse, acertadamente, que não existe nenhum gene ou cromossomo que determine que um homem, ao crescer, será atraído por mulheres ou será homossexual. Tudo isso é fruto de escolhas. O homem passa por diversas experiências em sua vida, nas quais ele se vê diante de um comportamento de acordo com a Palavra de Deus de um lado e, de outro lado, de um caminho pecaminoso. Assim, não existe justificativa para que um homem se entregue à prática de pecados sexuais, pois a própria Bíblia diz que o homem foi biologicamente criado para se comportar da forma que a Bíblia prevê que se comporte, no tempo e na forma estabelecida por ela.

Mas sabemos que as exceções a essas regras bíblicas são inúmeras e há milhões de homens em nosso país que não assumem seu papel na sociedade como deveriam assumir, ainda que sejam heterossexuais. As causas que dão origem a isso são inúmeras.

Uma delas é a de que somos filhos de pais que não eram comunicativos. Muitos de nós fomos criados por pais e mães que em nossa infância e adolescência deixaram a desejar ao tratar de assuntos sensíveis na formação de nosso caráter. Por não discernirem o tempo de aconselhar os filhos em assuntos frágeis, como a área sexual, muitos de seus filhos acabam seguindo caminhos errados, como o da prostituição e do homossexualismo.

Além disso, a nossa geração de jovens e adolescentes não sabe o que fazer. Por não saber fazer suas escolhas e por não terem referenciais verdadeiros de caráter e conduta, muitos adolescentes se tornam rebeldes e auto-permissivos demais, não sabendo tomar decisões que acabam alterando significativamente seu futuro, levando muitos a morrerem jovens, no caminho das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis. Alguns dos principais ídolos da juventude dos anos 80 e 90 morreram assim – através da AIDS, do suicídio e de overdose – dando os piores exemplos possíveis a jovens que não têm referenciais a seguir.

Some-se a isso o altíssimo índice de divórcio em nossa sociedade, fruto da inversão de valores nesse tempo. Assim como as mulheres já não estão dispostas a respeitar seus maridos, os homens também têm se negado a amar incondicionalmente suas esposas e não têm pensado duas vezes antes de praticar o adultério.

Assim, diferente do modelo de homem descrito na Bíblia, no nosso tempo surge, mesmo dentro da própria igreja, dois mitos de masculinidade: o emasculado e o machão.

Emasculado: é aquele homem que não é inteiramente masculino, abrindo mão de sua posição de masculinidade. Não se trata do efeminado, que é o mesmo que homossexual, e que a própria a Bíblia afirma que sequer será salvo (1 Coríntios 6:10). Este tipo de homem é geralmente frágil, inseguro e vulnerável. É o tipo de homem que não se altera jamais, mas também é indeciso e fraco em momentos que precisam tomar decisões difíceis. Muitos casamentos não têm sucesso porque os homens não assumem sua posição, como homens de verdade. São homens às vezes simpáticos, bons líderes na igreja, mas não possuem a vitalidade necessária para dirigir sua família.

Esse tipo de homem nasce do mito do eterno galã e cavalheiro. Como a esse homem falta o poder de decidir oportunamente e de ser firme quando necessário, ele acaba sendo um homem que jamais contraria a mulher e que está sempre disponível para servi-la. Assim, acabam não tendo liderança e não são respeitados por suas esposas, já que não demonstram autoridade de chefe de família. São quase tão doces quanto uma mulher, mas por outro lado são covardes, que se omitem do seu papel de líderes de sua família.

É verdade que o homem às vezes deve ser gentil e tenro, mas ele deve discernir o tempo de falar grosso e ter posição, mesmo porque as mulheres, até mesmo por terem corpos com ciclos diferentes, costumam ser mais instáveis emocionalmente e precisam de homens que as amem e saibam tomar decisões pelas quais eles se tornem responsáveis por elas.

O maior exemplo de liderança masculina foi Jesus Cristo. Soube tratar os pobres, e também os mestres, com a mesma humildade. Mas também expressou suas emoções, chorando quando seu amigo Lázaro faleceu e expulsando os cambistas do templo quando estes comerciavam ali.

Machista: o homem machista é exatamente o modelo oposto do anterior. São homens que sempre agem de forma varonil. Esse homem é bravo, autoritário. As pessoas o vêem como o machão, “o dono do pedaço”, mas muitos deles acabam não sabendo tratar suas esposas com amor. Esse tipo de homem pensa que é um homem de verdade, mas na verdade não é.

Muitas vezes, é a própria mídia que gera um tipo de homem como esse. Homens fisicamente fortes, que tem dinheiro e que tem que mostrar pra todo mundo que é “macho”. Aprendem na TV que devem ser melhores que os outros homens para terem todas as mulheres e, quando as conseguem, acabam tratando-as como se fossem mercadorias que lhes pertencessem. Mas a verdade é que a mulher, assim como não se satisfaz com um homem emasculado, também não fica satisfeita com um homem que a oprime, que a subjuga a todo tempo e que não sabe atender as suas necessidades como esposa e como mulher.

Mas afinal, qual é o padrão de homem segundo a Bíblia? A resposta está no equilíbrio.

“Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.” (1 Coríntios 16:13-14)

Esse é o modelo de homem que a Bíblia recomenda. Aquele que é varonil, forte, mas em todos os seus atos manifesta o amor.

Além disso, o homem segundo a palavra de Deus não está preso aos mitos do mundo, como o daquele que diz que “homem não chora”. É claro que o homem não deve ser “chorão”, mas ele pode e deve chorar quando for conveniente, assim como Cristo também chorou quando se entristeceu (João 11:35).

Antes de fazer a obra de Deus, deve o homem também saber governar sua casa, pois aqueles que não sabem governar sua casa adequadamente, também não saberão fazer discípulos de uma forma que agrade ao Senhor (1 Timóteo 3:5).

Por último e mais difícil, todo homem que quer se casar e constituir uma família, deve estar disposto a amar sua esposa de uma forma incondicional, a ponto de dar a vida por ela se for necessário, como o próprio Cristo fez por amor à igreja (Efésios 5:25).

Assim, homens de verdade não são aqueles que se impõem pela força, sujeitando suas esposas com um autoritarismo exacerbado. Também não é aquele que não tem postura firme e que “deixa a esposa mandar”. O verdadeiro homem, dentro do padrão de Deus, é equilibrado, sóbrio (1 Timóteo 3:2) e moderado (Tito 1:8). É firme, mas sabe ser tenro. Lidera sem ser áspero. É seguro sem ser ignorante. E é forte sem perder a sensibilidade.

Os filhos e esposas de nosso tempo esperam pela figura do homem como Deus o estabeleceu, a sua imagem e semelhança. Que não é autoritário, mas possui autoridade sobre sua família na medida em que se comporta como aquele que sabe que é responsável, diante de Deus e dos homens, por toda a sua família.

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Timóteo 5:8)