sexta-feira, 30 de abril de 2010

Carlton Pearson e a negação do inferno

Vivemos num mudo de apostasia, onde o pecado e a iniqüidade têm tomado conta da mente dos homens, cauterizado suas consciências e facilitado o caminho para que estes fiquem cada vez mais conformados e distantes de Deus, sendo assim presas fáceis à ensinos enganosos, que fazem com que seu entendimento seja confundido pela mentira.

Esse cenário faz com que as pessoas cristãs do nosso tempo aceitem um “evangelho de conveniência”, onde as pessoas crêem e praticam somente o tipo de doutrina que mais atenda aos seus desejos carnais e que não os confrontem. Conseqüência direta disso é a velocidade em que se abrem novas igrejas nas grandes cidades e a rotatividade dos membros entre elas. Nesse novo modelo, a pessoa fica na igreja até que esta comece a pregam algo que elas não queiram concordar. A partir daí, elas buscam outra igreja que volte a massagear o ego delas.

Só que muito daquilo que agrada aos crentes mais carnais são mentiras que batem de frente com a verdade pregada na Bíblia. Um dos atuais expoentes dessas “mentiras que confortam” é um pastor californiano chamado Carlton Pearson.

Pearson era um pastor pentecostal dos anos 90 que enfatizava a prosperidade material em suas pregações, mas não deixava de lado os fundamentos da fé cristã, quais sejam, o de que todos nós nascemos pecadores e estamos condenados ao inferno até que aceitemos Jesus Cristo.

Até que um dia, como quase todos aqueles que criam heresias, Pearson teve uma “reveladora experiência pessoal”. Ele havia começado a estudar a Bíblia nos idiomas em que ela foi escrita e começou a vê-la não como a verdadeira Palavra de Deus, mas apenas como “um livro sobre Deus escrito por homens”.

A partir de então, passou a contestar a idéia da existência do inferno, como descrita na Bíblia. Segundo ele, não daria para amar um deus que estaria torturando a avó dele no inferno. Ele alega que em meio a suas dúvidas, ele teria ouvido uma voz que lhe disse que o inferno é aqui na terra. Voz na qual ele teria acreditado.

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” (1 Timóteo 4:1)

Depois disso, ele passou a mudar suas pregações, alegando desde então que a existência de um inferno para homens não passa de paganismo e de pura superstição.

Várias publicações evangélicas americanas passaram a condená-lo e sua igreja teve uma uma sensível diminuição no número de membros após a introdução dessa heresia. Diminuíram também os convites para conferências e eventos que ele antes recebia de outros pastores.

Mesmo em face disso, ele tem insistido nessa pregação e sua igreja tem voltado a crescer. Em uma de suas pregações, ele afirmou:

“Podemos passar por um inferno, mas ninguém vai para o inferno. Minha esperança é que as pessoas aprenderão a se amar, a se aceitar e a se celebrar. Isso é algo bem dramático, mas penso que salvará o planeta”. (Carlton Pearson)

Todavia, a negação do inferno não é tão simples assim. Se aceitamos a idéia de que o inferno não existe, isso trará uma decorrência: a de que não faz sentido os cristãos lutarem contra o pecado e pregarem o Evangelho da salvação aos pecadores. E o próprio Pearson tem também apoiado práticas que a Bíblia condena.

Recentemente, Pearson liderou centenas de pastores evangélicos americanos num comício para pressionar o Congresso americano a aprovar uma lei antipreconceito homossexual. Ele também é autor do livro “O Evangelho da Inclusão”, que tem alcançado grande aceitação entre os ativistas homossexuais. Nele, Pearson defende o universalismo. Segundo essa corrente de pensamento, a morte/ressurreição de Cristo já pagou o preço para que toda a humanidade tenha a vida eterna (sem necessidade de que alguém se arrependa de pecados e receba salvação), não é necessário que alguém creia em Jesus Cristo para que seja salvo e toda a humanidade irá para o céu, independente de sua religião.

Depois de abrir as portas de sua igreja para tantas heresias absurdas e assim perder o apoio de quase todas as lideranças evangélicas que estavam com ele, Pearson encontrou apoio na comunidade judaica e no movimento homossexual, os quais ele passou a defender.

Além desses dois grupos, Pearson ainda encontrou outro aliado ainda mais inusitado: o Vaticano. Isso porque a Comissão teológica internacional, principal órgão conselheiro sobre questões doutrinárias da Santa Sé, tem afirmado que os cristãos podem ter a certeza que o inferno estará vazio! Para o Vaticano, até mesmo os maiores pecadores poderão ser absolvidos e mandados ao paraíso. Antes mesmo de Pearson ter sua “revelação”, o papa João Paulo II já defendia que todo homem está “cristificado” pela encarnação e então todos são salvos. Na opinião do falecido papa, o inferno provavelmente estará vazio. Todos estão salvos.

No meio de tanta heresia, o que nós sabemos é que a Bíblia não deixa margem para nenhuma dúvida de que o inferno é real! Senão, vejamos algumas passagens bíblicas sobre o tema:

“Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” (Lucas 12:5)

“E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,” (Marcos 9:47)

“Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23:33)

A existência do diabo e do inferno não só é uma verdade bíblica, como é um elemento primordial dentro do cristianismo. Se não houvesse nenhuma ameaça de condenação do homem ao inferno, não haveria sentido algum no sacrifício de Jesus Cristo (afinal, de que a Sua morte nos salvaria, senão da condenação eterna), que desceu à terra para que o homem pudesse ser salvo. Um dos versículos mais importantes da Bíblia fala justamente disso:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

A verdade é simples e fácil de ser entendida. Deus enviou seu Filho ao mundo para que Ele desse Sua Vida e para que todos aqueles que crerem n’Ele fossem livrados da condenação (Marcos 16:16), e alcançassem a vida eterna.

Todo crente precisa ter essa certeza: a de que sem o sacrifício de Jesus Cristo e sem a sua ressurreição, não teríamos acesso à salvação pela fé, como temos hoje. Isso é uma das bases de nossa crença. Através da sua morte, fomos comprados para Deus a preço de sangue (Apocalipse 5:9) e libertos de um inferno, que é real.

“Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Efésios 2:5)

O problema da negação do inferno feita por Pearson está no fato de que essa negação carrega implícita a negação do poder redentor do sacrifício de Cristo! Igrejas e pastores que flertam com idéias como essas estão levando seus fiéis a serem enganados. Além de estarem também abrindo as portas para o Anticristo, que será aceito por pessoas como Pearson, que estejam dispostas a negociarem o evangelho, negando a eficácia do sacrifício de Cristo e da existência de um juízo de Deus sobre todo homem.

“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.” (1 João 2:22)

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27)

“Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.” (2 Pedro 3:7)

domingo, 11 de abril de 2010

Chico Xavier, o espiritismo e suas farsas

O maior problema de cinema brasileiro é que este é vendido. Os poucos filmes que são produzidos com recursos mais gordos e com melhores atores, assim o são porque receberam pesados investimentos empresariais. O resultado disso são roteiros fracos e limitados. Quando algum filme se baseia em fatos reais, o resultado é pior ainda, pois o interesse de quem investe na obra é sempre o de "divinizar" o protagonista, como um verdadeiro herói mitológico.

Assim aconteceu com o filme que abordou a vida do presidente Lula, que estreou em Janeiro, e acontece agora com o filme sobre a vida de Chico Xavier: o "espírita" que é retratado como herói, mártir e incompreendido, quando na verdade não passou de um homem comum, que propagou algumas das maiores fraudes religiosas de todos os tempos, como as fábulas da reencarnação e da comunicação com mortos.

O principal aliado privado do filme é nada menos que a empresa de maior influência ideológica no país, o império espírita das comunicações chamado Rede Globo de Televisão, que tem promovido o filme produzido sua subsidiada, a Globo Filmes. Sim, trata-se a mesma emissora de televisão que apoiou o regime da ditadura militar brasileiro, que forjou a eleição do corrupto Fernando Collor, e que agora ajuda a promover mais uma fraude.

O interesse da Rede Globo em promover o espiritismo é antigo e manifesto. Nos últimos anos, várias de suas novelas – obras que fazem a empresa internacionalmente conhecida - demonstraram a inclinação dessa rede de televisão para essa religião específica. Um dos exemplos mais próximos é a novela que estréia nesta segunda-feira, dia 12. “Escrito nas estrelas” tem demonstrado nos flashes que aparecem nos intervalos que vai abusar da espiritualidade.

Como quase tudo que Globo coloca em evidência, o filme de Chico Xavier está fazendo sucesso. E não se assuste: a obra certamente irá bater recordes de bilheteria no ano. As pessoas sairão emocionadas das salas de cinema, e ficará provado aquilo que é bíblico e profético: os homens do nosso tempo são muito fáceis de ser enganados, e são vitimas fáceis da apostasia que impera nesses dias.

Chico Xavier foi um dos maiores, senão o maior expoente do espiritismo brasileiro. Em breves palavras, o espiritismo é assim definido:

“é um conjunto de doutrinas espiritualistas que consideram o homem um espírito imortal que alterna experiências nos mundos material e espiritual, de acordo com a doutrina da reencarnação, com o objetivo de evoluir, tanto moral quanto intelectualmente, rumo a Deus. Considera também a comunicabilidade entre os vivos e os mortos, geralmente por meio de um médium, ou seja, de um mediador.” (Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo)

Pegando apenas essa definição, é possível perceber que há grandes oposições entre o espiritismo e o cristianismo bíblico. A doutrina da reencarnação, um dos pontos chaves do espiritismo cardecista, é um desses pontos de controvérsia. De acordo com essa doutrina, o “ser” que há em cada homem seria capaz de resistir à morte do corpo. Essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de fins específicos. Mas a Bíblia reiteradamente condena essa prática, que já existia desde os tempos da lei:

“Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles.” (Levítico 20:27)

“Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti.” (Deuteronômio 18:10-12)

A necromancia, que aparece em Levítico, é uma prática onde o necromante se comunica com os mortos para fins de adivinhação e consultas. É exatamente o que um médium, como Chico Xavier, fazia. Dizia se comunicar com os mortos, trazendo respostas do falecido para os seus familiares ou amigos.

Muitas dessas respostas poderiam perfeitamente coincidir com a realidade dos fatos, e do que os próprios familiares poderiam esperar ouvir do morto. Todavia, a Bíblia é clara ao dizer que cada homem morre apenas uma vez, depois perde totalmente o seu contato com mundo material, restando a ele apenas o juízo de Deus (Hebreus 9:27). Ninguém retorna depois de morto para este mundo. Tanto que quando Cristo ressuscitou a Lázaro e a uma moça, Ele mesmo disse que ambos apenas dormiam (Mateus 9:24, João 11:11), apesar de serem considerados mortos por não apresentarem mais sinais vitais ou até estar em decomposição, como foi o caso de Lázaro. Em nenhum momento a Bíblia nos dá alguma base para aceitar que um morto pode ir a um plano espiritual e retornar ao material. As “segundas chances” só existem em filmes e em embustes, como o que os médiuns espíritas propagam.

Cabe notar que no livro do Levítico, a Bíblia nos diz que há um “espírito de necromancia”, ou seja, um espírito de consulta aos mortos. Assim, todo aquele que diz que consulta aos mortos, não consulta a eles, mas sim a demônios. Demônios que têm conhecimento do passado e daquilo que acontece no mundo real e que podem, assim, incorporar em médiuns e falar aos familiares de coisas que tenha visto do falecido, dando aos familiares a impressão de que é realmente o morto que está “falando”. Tal prática é inclusive descrita na Bíblia, ao mostrar que muitas pessoas dariam ouvidos a espíritos enganadores de demônios (1 Timóteo 4:1).

Além de todos os enganos que o espiritismo propaga, o próprio Chico Xavier passou longe de ser o humilde e incompreendido homem retratado no filme sobre sua vida. Muitos afirmam que o humilde Chico Xavier teria usado peruca ou boina até terminar o seu implante de cabelos, tamanha era a sua preocupação a imagem e promoção pessoal. O médium, em ocasião em que dizia psicografar Humberto de Campos, disse que o planeta Marte não tinha nenhuma lua. Mas a ciência já provou que Marte tem duas, e sempre as teve. A revista Manchete teria mostrado ainda outra fraude do médium: a de que ele escondia embaixo de usa mesa uma bolsa de borracha que, quando apertada soltava “cheiro de santidade”.

Em 1958, foi feita ainda outra revelação que surpreendeu a muitos espíritas da época. Nesse ano, em reportagem do “Diário de Minas”, um sobrinho de Chico Xavier, chamado Amauri Pena Xavier, desmascarou o tio e a farsa daquilo que ele dizia ser revelado a ele. Na ocasião, Amauri afirmou que o próprio tio teria dito: “tudo o que tenho psicografado até hoje foi criado por minha própria imaginação, sem que eu precisasse da interferência de almas do outro mundo”. Para Amauri, seu tio, ainda vivo na época, era um bom homem, mas uma farsa a ser desmascarada como médium. Tal fato seria novamente confirmado em 1971 pelo mesmo jornal e pela revista “Realidade” (edição de Novembro de 1971, pg. 65).

O poder de falar com os mortos que Chico de Xavier dizia ter era uma farsa, comprovada por vários fatos, percebidos por qualquer um que aprecie mais a verdade do que a admiração fanática pelo médium. Assim como é falso também o espiritismo cardecista, que vem sido cada vez mais popularizado pela Rede Globo e que também é originado de fraudes, possessão demoníaca e necromancia. Fraudes que podem ser manipuladas e travestidas em belas e emocionantes histórias de humildade, como a que está em cartaz nos cinemas.

Esse mundo tem usado de estratégias cada vez mais eficazes para enganar àqueles que não estão firmados em Cristo, e é importante que nós cristãos estejamos cientes de tudo o que a Bíblia diz que é verdade e do que ela condena, para que não caiamos nesses bem arquitetados embustes.

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (1 João 4:1)