domingo, 21 de dezembro de 2008

O falso profeta (II)

Obs. Antes de ler este artigo, favor ler o artigo anterior com o mesmo assunto (http://falandodabiblia.blogspot.com/2008/12/o-falso-profeta-i.html), para que o entendimento deste não seja prejudicado.

No artigo anterior, a partir de Apocalipse 13, que descreve a figura do falso profeta e fizemos uma análise detalhada do assunto, expondo suas principais características. Aquele que a Bíblia ainda chama de “besta que emerge da terra” será uma figura religiosa, em oposição ao Anticristo, que deterá o poder político.

Há estudiosos que defendem que esse falso profeta certamente será o líder da igreja católica romana, o papa. Alinho-me a essa interpretação, mas também concordo que não há base categórica para se falar de forma conclusiva que ele é mesmo o falso profeta. Mas há analogias que nos provam que isso pode perfeitamente acontecer, ou ainda, que essa é a hipótese mais provável!

Por ora, nesse segundo artigo do tema, antes de analisarmos o que diz Bíblia e os estudiosos do tema, faço um convite ao estudo da história da religião católica apostólica romana, já que, se vamos defender uma teoria sobre ela, precisamos antes de tudo conhecê-la.

Ao contrário do que muitos católicos queiram negar, a Igreja Católica Apostólica com sede em Roma não surgiu nos tempos de Cristo. Surgiu sim, no século IV, após séculos de perseguição romana, sob o apoio do imperador Constantino. Diz a história que este imperador teria tido em uma de suas batalhas, uma visão nos céus de um símbolo que apontava para o cristianismo. Ele então teria considerado essa visão um sinal dos céus e supostamente teria destronado os deuses pagãos e os substituído pelo Deus de seus escravos, dos cristãos. Mandou pintar nos escudos de seus soldados esse símbolo que viu, pois acreditava que com esse símbolo venceria suas batalhas. Porém, suas atitudes não se resumiram a simples pinturas em escudos, mas em pleno apoio à essa religião dentro de Roma, estabelecendo as bases para que dentro de seu império cessasse as perseguições aos cristãos e ainda, que eles se estabelecem como religião oficial. Religião romana que se tornaria tão forte ao ponto de subsistir mesmo à queda do Império Romano do Ocidente e se tornasse a mais forte instituição de poder na Europa em toda a Idade Média.

Mas nem tudo foram flores na relação de Constantino e a religião que acabava de se instalar como oficial. Após ter vencido batalhas e unificado o mundo romano sob influência “cristã”, Constantino convocou o concílio de Nicéia (325 d.C.), sob o intuito de unificar a igreja cristã, pois com divergências religiosas, o seu trono poderia perder o apoio por conta da falta de unidade espiritual. Nesse concílio se debateu a questão da Heresia Ariana [esse nome faz lembrar algo?], que dizia que Jesus Cristo não era divino, mas sim o mais perfeito das criaturas, e também estabelecer um consenso sobre a data da Páscoa.

Apesar de seu apoio ao cristianismo, a história apresenta dúvidas sobre se Constantino realmente se tornou cristão, já que ele foi batizado por um bispo supostamente ariano. A própria enciclopédia católica afirma que "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos". Há fontes, como a Enciclopédia Hídria, que sustenta que Constantino nunca se tornou cristão, nem mesmo participou em sua vida de qualquer ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia.

A associação de Roma à religião cristã criou um outro problema: o Cristianismo tornou-se a religião pessoal dos imperadores, mas estes deveriam regular o exercício do paganismo – isso, para qualquer cristão, significava transigir com a idolatria. Tal contradição no trono só seria resolvido no ano de 395 d.C., quando outro imperador, Teodósio I, fez com que o cristianismo se tornasse a única religião legal no império. Antes, com o mesmo Teodósio, em 381 d.C., a igreja recebeu o nome de Católica (universal), no concílio de Constantinopla com o decreto “Cunctos populos”.

Mas entre 325 d.C. (ano da aceitação do Cristianismo como religião reconhecida ao lado do paganismo) e 381 d.C. (ano que a religião se tornou a única oficial em Roma), diversas influências adentraram nessa religião cristã. Influências suficientes para desvirtuá-la em suas bases, quando comparada à religião da igreja primitiva, estabelecida pelos apóstolos, principalmente por Paulo de Tarso. Algumas delas:

  • Constantino influenciou em grande parte na inclusão da igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Em 1546, como resposta ao movimento protestante, que pregava volta ao evangelho pregado na Bíblia, a Igreja Católica ainda equipararia sua tradição apostólica ao mesmo nível das Escrituras Bíblicas. Até hoje, a tradição apostólica (uma espécie de escritos continuamente modificados, onde consta o que a Igreja Católica Romana acredita ao longo dos séculos) tem peso igual ao da própria Bíblia no meio católico. Como se a própria Bíblia não recomendasse o contrário, ou seja, de que as palavras de Cristo são suficientes para salvação (Colossenses 2:22-23) e de que doutrinas humanas “além-Bíblia” em nada contribuem para uma fé genuína.

  • Pelo Édito de Constantino (321 d.C.), determinou-se oficialmente o domingo (não mais o sábado), como dia de repouso, descumprindo claramente a Bíblia (Levítico 26:34). Determinação esta que é seguida até hoje em toda a terra, salvo pelos judeus. Essa foi uma das claras influências pagãs no ambiente cristão, já que o domingo foi escolhido por ser o "dia do Sol", uma reminiscência do paganismo do culto de “Sol Invictus”.

  • Constantino ao adotar o cristianismo, fez com que os cristãos recebessem a influência de doutrinas das Religiões de Mistério da Babilônia, que eram bem diferentes dos ensinamentos apostólicos, tornando seu ensino uma forma sofisticada de filosofia pagã camuflada com os ensinos de um Deus onipotente e transcendente. Com isso, a Igreja adotou a adoração da mãe e do menino, o batismo de bebês, a confissão a um sacerdote e muitos outros aspectos das religiões antigas não praticados pelos apóstolos de Cristo, nem previstos na Bíblia.

Assim, todo o sistema religioso romano se construiu sobre bases ruídas. As práticas que os apóstolos aprenderam de Cristo e passaram a pregar às igrejas primitivas foram substituídos por hábitos pagãos. Isso se fez necessário para que a igreja se unisse ao Estado romano. Mas a Bíblia deixa claro que o reino de Deus não pode estabelecer qualquer tipo de relação com os governos deste mundo, pois são de origem completamente diferente (João 18:36). Em tudo que se faz na vida onde se faz necessário uma união ou um acordo, a vontade de um dos lados não pode prevalecer totalmente sobre a do outro quando as partes são diferentes. Ambas precisam fazer concessões, senão não há acordo. E é exatamente por isso que os princípios cristãos não podem se unir a este mundo, sem perder sua essência, pois suas origens são diferentes e não podem se submeter a influências pagãs ou mundanas (1 João 5:19). Se os bispos que idealizaram a igreja católica fossem realmente inspirados por Deus, eles jamais teriam se unido à Roma, nem aceitado qualquer tipo de influência desse poder imperial em suas práticas e liturgias.

Mesmo após a queda do império romano, essa religião ainda daria mostras de que as influências pagãs romanas continuaram sendo praticadas em meio às suas liturgias. Algumas delas são bastante conhecidas e seu desrespeito à doutrina bíblica é evidente. Vamos também a elas:

  • No ano de 1123, a igreja católica impôs o chamado celibato clerical, que é seguido até hoje por aqueles que desejam ser padres. Mas, veja o que Paulo fala a respeito disso em 1 Timóteo 4:1-3: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrina de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizadas a sua própria consciência; proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças". Proibir o casamento, impondo o celibato obrigatório, é uma prática condenável na Bíblia. O próprio Deus, desde os tempos da Criação, sabia que não era bom que o homem ficasse só (Gênesis 2:18). Em razão desse descumprimento, dentro do meio católico tem havido grande incidência de pecados sexuais por parte de seus padres desde então.

  • Em 1184, surge a medida religiosa mais obscura de todos os tempos: A inquisição! Através dela, houve uma matança forçada dos “heréticos” (assim considerados quaisquer pessoas que não seguissem a doutrina católica, assim considerados até mesmo os que, como os da igreja primitiva, seguiam as práticas cristãs originais). Milhares de cristãos (que outrora seriam chamados de protestantes) e outros grupos que negavam as práticas católicas foram mortos, numa alusão a João 16:2 (vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus). Estima-se que a igreja católica teria levado, através dessa prática, à morte de 8 milhões de pessoas em todo o mundo. Um número maior até que o de mortes na tenebrosa Alemanha nazista.

  • Em 1190 a igreja começou a praticar a chamada venda de indulgências. Por ela, a igreja deixou de ensinar a salvação por meio da fé em Jesus Cristo e em sua graça e misericórdia, para pregar a salvação pelas obras, exatamente o contrário do ensinado por Paulo: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8).

  • Por volta de 1200, substituiu-se o pão pela hóstia na missa católica. Qual o por quê dessa substituição, se segundo a própria Bíblia e as práticas das ceias de até então eram celebradas com o pão e se até a fica claro que a ceia que Jesus Cristo tomou foi sua última ceia com o pão, literalmente (1 Coríntios 11:24)? A maioria das católicos sequer já imaginaram o porque dessa substituição e argumentam que a hóstia não difere do pão descrito na Bíblia, pois o significado é o mesmo. O que não sabem é que algo semelhante era feito nas religiões pagãs no Egito Antigo. Uma espécie de bolacha circular, com um símbolo religioso insculpido, era também erguida para o alto nas cerimônias religiosas dos sacerdotes pagãos egípcios. Essa bolacha tinha formato circular exatamente em alusão ao deus-sol da religião pagã.

  • Em 1215, começou no meio católico a prática de confissão de pecados a um sacerdote, substituindo Jesus Cristo como nosso intercessor diante de Deus, colocando um homem em seu lugar! Isso é claro em 1 Timóteo 2:5-6: "Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem". De acordo com os historiadores da Roma antiga, essa prática da confissão auricular não teve início no cristianismo, mas no paganismo romano, com os sacerdotes de Baco.

Diversos outros paganismos ainda entrariam na Igreja Católica ao longo do tempo. Poderíamos citar com maior nível de detalhe outros dogmas incorporados sem nenhuma base bíblica, como o culto aos santos (375 d.C.), o culto a Maria (432 d.C.), a doutrina do purgatório (593 d.C.), o culto às imagens e relíquias (788 d.C.), a canonização dos santos (993 d.C.), as festas pelos mortos (1003 d.C.), o dogma da infabilidade papal (1076 d.C.), a doutrina de que há sete sacramentos (1140 d.C.), a instituição da Ave Maria (1316 d.C.), a doutrina do purgatório (1439 d.C.) a incorporação dos apócrifos ao cânon (1546 d.C.), a presença pessoal corpórea da Virgem no céu (1950 d.C.), entre tantos outros.

Os que lêem esse artigo podem estar pensando que se trata de alguma espécie de acusações aos católicos e à sua doutrina, um desrespeito à “Santa Igreja de Cristo”. Por isso, faço um último comentário. Se os que lêem esse artigo acreditam que a Igreja Católica é uma instituição santa como Cristo o é, ou que ela é a única igreja, segundo disse o papa João Paulo II, que “fora da Igreja Católica Romana não há salvação”, não cabem críticas ao que escrevo, já que cremos em coisa diferentes. Não creio em instituições religiosas santas, mas em um Deus que se fazendo presente na vida de seus filhos, os fazem ser santos, não as instituições que eles congregam (1 Coríntios 1:2). Creio em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador de minha vida, e que não estabeleceu uma igreja no mundo, mas fora dele. Um Deus que não se resume a religiosidade, mas que se faz presente sempre que duas ou três pessoas se reúnem em seu nome (Mateus 18:20).

Os fatos descritos neste artigo são fatos históricos, registrados, que podem ser pesquisados e comprovados em livros de história ou na própria internet. Convido aqueles que ainda acham que esse artigo é infundado a pesquisar mais, conhecer a história daquilo que crêem, assumindo uma posição crítica, discernindo o que crêem e não aceitando simplesmente aquilo que foi pregado a você e à sua família por várias gerações. Fujamos das religiosidades e busquemos conhecer a verdade de Jesus Cristo (João 8:32), fazendo juízo de valor de tudo aquilo que ouvimos de homens, mesmo quando estes têm à sua volta um sistema que aparentemente os legitimem como “vicário [representante] de Cristo na Terra”. Estou certo de que o objetivo deste artigo está atendido se levá-lo a refletir e assumir uma posição crítica sobre sua própria fé, de questionar, pesquisar, buscar a verdade de Jesus Cristo além daquilo que você lê ou ouve entre as paredes de um templo religioso. Só assim, prosseguiremos em conhecer a Cristo de forma genuína e por Ele seremos salvos dos sistemas religiosos deste mundo (Oséias 6:3).

Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.” (2 João 1:9)

No próximo e último artigo do tema, deixaremos mais claro o que dizem os estudiosos sobre a possibilidade do papa ser o falso profeta. Assunto que, devido à sua complexidade, para ser entendido, precisou ser esclarecido desde a sua origem neste artigo.

E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

domingo, 7 de dezembro de 2008

O falso profeta (I)

Quando se fala em Arrebatamento e Grande Tribulação, a imagem de um homem vem a nossa mente: o Anticristo. Homem que vai trazer uma aparente paz mundial e que vai ser visto pelo mundo e por boa parte dos judeus como o Messias que o mundo precisava ter. Mas pouco se fala, seja por desinteresse ou por desconhecimento, do falso profeta, que coexistirá com ele e terá importância semelhante á sua. Em Apocalipse 13, João descreve como ele agirá:

E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” (Apocalipse 13:11-15)

Interessante notar alguns aspectos que permitem identificar o tipo de homem que será o falso profeta. A primeira característica apresentada por João é a de que ele “terá chifres como os de cordeiro”. Como o livro de Apocalipse é repleto de símbolos, há de se entender o que simboliza esses chifres. No livro de Apocalipse, entre os símbolos citados há alguns que são explicados no livro e outros que só são entendidos se olhados, de forma comparativa, em outras passagens da Bíblia. No Velho Testamento, baseado várias passagens dão a entender que chifre representa poder (Deuteronômio 33:17, 1 Reis 22:11, Ezequiel 34:21, Daniel 7:21, Miquéias 4:13 e Zacarias 1:21). Simbologia essa que a teologia também concorda como verdadeira. Portanto, o primeiro aspecto do falso profeta é que ele terá poder de cordeiro, ou seja, poder religioso ou de autoridade religiosa, já que cordeiro na Bíblia aponta para Jesus Cristo. O detalhe é que a Bíblia diz que será semelhante, mas não será o poder de Cristo, nem dado por Ele.

A Bíblia continua, afirmando que ele falará “como o dragão”. Dragão em Apocalipse, aponta para o próprio Satanás. No Velho Testamento e no Egito Antigo, Dragão era símbolo de todo poder anticristão (Ezequiel 29:3, Isaías 27:1 e Jó 26:13). Assim, até aqui já dá para perceber que o falso profeta será uma figura contraditória: terá poder reconhecido como de uma autoridade religiosa, mas suas palavras serão contrárias ao evangelho de Jesus Cristo.

Antes de continuar, cabe aqui fazer uma analogia. Ao que tudo indica, o falso profeta representará para o Anticristo, respeitadas as devidas proporções e características, algo semelhante do que João Batista representou para Jesus Cristo. Esse último, anunciava a todo tempo que o Messias haveria de vir, até que chegou o dia em que Ele, em pessoa, se aproximou de João e por ele foi batizado, confirmando o que o profeta havia dito sobre o Messias.

Papel semelhante terá o falso profeta no governo satânico. Se João Batista foi o profeta da verdade e das palavras de arrependimento e salvação, o falso profeta será aquele que legitimará o Anticristo. Como João Batista, o falso profeta vai incitar às pessoas à seguir o Messias que ele defende. Mas a diferença é que este último não será um homem de palavras duras, como as que João Batista proferia contra os fariseus, tentando chamá-los ao arrependimento (Mateus 3:7). Além disso, ele terá meios bem mais eficazes do que os que possuía João Batista para convencer seus ouvintes.

Analisando o trecho bíblico de Apocalipse 13, acima transcrito, percebe-se que o falso profeta exercerá “todo o poder” do Anticristo e que terá o poder de convencer à população mundial para adorá-lo. Imagino aqui que esse falso profeta terá o controle, ou pelo menos significativa influência nos meios de comunicação de massa no mundo todo. Ele deverá ser uma pessoa sempre presente e bem recebido nos telejornais e nos veículos de notícias da internet. Mais do que um mero líder religioso, será também um homem que exercerá grande influência sobre aquilo que o mundo pensará a respeito de religião. Será alguém que as pessoas terão desejo de ouvir o que ele dirá a cada dia, sendo respeitado e admirado por milhões, ou talvez até bilhões de fiéis em toda a terra.

A Bíblia continua, afirmando que esse falso profeta fará com que as pessoas acreditem no Anticristo. Ao contrário do que alguns pensam, o Anticristo não se estabelecerá no governo mundial somente por seu poder de influência política. Sua legitimação no poder acontecerá após legitimação do falso profeta, que confirmará que o Anticristo foi ferido de morte (talvez por um atentado terrorista ou por algum outro fato que o leve a ser tido como morto) e que ressuscitou, sendo então o Messias que não só os judeus, mas o mundo esperava.

Mais do que isso, a Bíblia afirma que o falso profeta ainda fará com que caia fogo dos céus na frente dos homens! Não será um truque, mas cairá fogo mesmo dos céus à sua ordem! Imagine você sentado no sofá da sua casa assistindo televisão e, de repente, num pronunciamento em cadeia nacional ou mundial, esse falso profeta faça com que caia fogo dos céus e queime propriedades, florestas, ou algum outro tipo de paisagem física e isso seja confirmado pelos meios de comunicação. E isso será apenas um dos tipos de coisas sobrenaturais que ele fará. Será o engano mundial em escala jamais vista. Principalmente porque os homens em geral são como Tomé, acreditam somente naquilo que seus olhos vêem. Por isso, por não terem fé no verdadeiro Deus, e não terem o amor de Jesus Cristo em seus corações (2 Tessalonicenses 2:11), acreditarão que esse falso profeta, dado os seus poderes sobrenaturais, é genuíno, verdadeiro, e para a opinião pública as suas palavras serão presumidamente verdadeiras.

Por seus sinais “miraculosos” em toda a terra, o falso profeta cairá quase que na unanimidade da aceitação do povo. Ao ponto de que será um verdadeiro contraventor e inimigo da paz, aquele que negar que o falso profeta tem poderes divinos e que as suas palavras são verdadeiras. Após conseguir a plena aceitação pública, ele chegará ao ponto de ordenar a fabricação de uma imagem, esculpida por homens, do Anticristo. Mais do que isso, o falso profeta ainda fará com que essa imagem tenha Espírito e que fale! Isso mesmo, uma imagem que poderá falar! Não estou falando de uma grande imagem que como uma marionete reproduzirá por um gravador aquilo que o Anticristo falar. Não. Essa imagem certamente movimentará seus lábios de forma inteligível e, tendo espírito, falará normalmente como qualquer ser humano comum. Com uma diferença: essa “imagem”, fará com que sejam mortos todos aqueles que não a adorarem. Assim, os homens que até aqui não tiverem dado a devida atenção ao falso profeta, agora deverão se render ao seu poder. Poder esse, que será mortal contra todos aqueles que não adorarem o Anticristo! Com o cristianismo desacreditado na Terra nesse tempo, as pessoas então não verão à sua frente nenhuma outra opção senão a de defender a suas próprias vidas (Mateus 16:25), adorando, querendo ou não, o Anticristo, e selando sua condenação eterna! Poucos no mundo agirão assim como Sadraque, Mesaque e Abednego (Daniel 3:17), enfrentando a morte por amor a um Deus que o mundo todo teima em não acreditar. Somente aqueles que realmente tiverem em seus corações uma fé verdadeira em Jesus Cristo.

Por último, cabe ressaltar uma última característica que a Bíblia descreve sobre o falso profeta:

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13:16-18)

Ao contrário também do que alguns pensam, fica evidente também em Apocalipse 13 que quem fará, ou promoverá a aceitação da “marca da besta” será o falso profeta, e não o Anticristo! O próprio falso profeta é quem declarará esse novo sistema econômico como legítimo e defenderá publicamente que as pessoas aceitem a marca. Por isso, não subsiste o argumento de que as pessoas aceitarão a marca da besta enganadas, não sabendo que estão ali negando a Jesus Cristo. Também o grande erro da famosa série “Deixados para Trás”, em que uma pessoa aceita a marca “obrigada” e ainda sim é salva, também não acontecerá. O falso profeta, como já dito, será um líder religioso. As pessoas não acreditarão nele como quem acredita numa autoridade política ou num economista influente, mas seguirão a ele como se segue um líder religioso, vendo nele uma divindade. Não obrigará ninguém a nada, nem a aceitar a marca, apenas vai sujeitar os que se negarem ao rigor de sua ira, numa espécie de “Santa Inquisição” aos que o negarem. Como suas palavras serão, como também já dito, de expressa orientação anticristã e negando a eficácia do evangelho de Cristo, segui-lo implicará em aceitar como verdadeiras suas palavras, negando a Jesus Cristo! Como dito também, aceitar a marca da besta será apenas uma confirmação das pessoas, de que elas estão alinhadas com o Anticristo, o qual elas já adoraram para não serem mortas.

Agora, sabendo das características do falso profeta, fica a pergunta: Quem será e de onde vai sair esse homem? Não dá para afirmar categoricamente quem será o falso profeta nem de onde ele virá. Mas há alguns estudiosos da escatologia bíblica que defendem que, pela semelhança das características, pela descrição bíblica e pelo cenário político e religioso mundial de nosso tempo, o falso profeta será um papa, líder da religião católica apostólica romana. Contudo, repito que não dá para afirmar que será ele com absoluta certeza.

No próximo artigo, vamos analisar o que dizem os estudiosos a respeito dessa possibilidade e você poderá tirar suas próprias conclusões sobre a veracidade dessas interpretações.

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mateus 24:24)

domingo, 23 de novembro de 2008

Crise econômica e cumprimento de profecias bíblicas

Não há tema mais atual no meio jornalístico do que a crise econômica iniciada nas principais bolsas de valores do mundo nos últimos meses. Mesmo os mais “desantenados” dos jornais e revistas semanais sabe que em algum lugar do mundo se anuncia uma crise que parece que ainda vai durar. Milhões de pessoas no mundo todo possuem boa parte de seu patrimônio financeiro vagando pelo mercando financeiro, e frente a essa crise, ficam com suas cabeças cada vez mais preocupadas cada vez que ligam a TV nos jornais diários e não assistem a nenhum sinal de melhora.

Muitos devem se lembrar que em 1929 aconteceu algo semelhante. O consumismo e a produção industrial aumentaram demais, até que o consumo se estagnou, e a produção não parou. Resultado: quebra da bolsa de Nova Iorque e crise econômica, com falências e desemprego em massa nos principais países do mundo. O mundo naquela época só se recuperou por conta de um incentivo: a guerra. Dez anos depois nasceu uma guerra que matou mais do que todas as outras guerras da história da humanidade antes ocorridas.

A situação de recessão e queda no consumismo desenfreado que precedeu a crise de 1929 está se repetindo. E isso é que está deixando os investidores e consumidores comuns de cabelos em pé. Nos Estados Unidos, as pessoas já não consomem tanto quanto antes. Nas reuniões dos G-7, G-20, enfim, entre os líderes políticos dos países capitalistas, discutem-se soluções para a crise, que não aparecem. Mesmo com os governos abrindo os cofres para injetar dinheiro nos mercados, a quebra definitiva das bolsas só é adiada, não solucionada. A verdade é que a nossa economia virou refém irresgatável da especulação financeira, e o dinheiro se transformou em títulos, que se multiplicaram, sem que o dinheiro os acompanhasse. Por isso, a economia mundial como hoje nós a conhecemos, por mais que analistas financeiros queiram dizer o contrário, vai ruir em poucos anos, ou até em meses – a não ser que haja um “milagre”, que explicarei posteriormente que não é muito conveniente que aconteça. Assim como aconteceu em 1929, deverá ser inevitável que em pouco tempo, milhões de pessoas perderão suas fortunas que acreditam ter “flutuando” no sistema financeiro mundial.

Antes que você possa pensar o contrário, esse não é um artigo de um economista, ou de alguém que entende alguma coisa de mercados e aplicações. É sim, um artigo que visa analisar os efeitos que essa crise econômica poderá ter no mundo e o que a aproxima das profecias bíblicas. Mas você pode aí estar pensando: o que eu como cristão tenho a ver com isso. Ainda que você seja como Paulo, que vivia pela fé e não tinha a sua própria vida na terra como lucro algum (Filipenses 1:21), os efeitos dessa crise chegarão até nós de uma forma bem importante. Vamos analisar então algum outros pontos históricos do século passado que tem muito a ver com as profecias bíblicas, para que você entenda melhor o que eu estou querendo dizer.

Desde 1967, quando se cumpriu a profecia bíblica de que o povo de Deus, os judeus, teriam de volta Jerusalém e Israel novamente, passou a se entender no meio cristão que se realizou um dos sinais mais indicadores que o arrebatamento estaria próximo, descrito no livro de Daniel:

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9:25-27)

Em apenas três versículos narra a visão que lhe foi passada por Deus de coisas que aconteceriam desde o seu tempo, chegada de Cristo como Messias, e a chegada do Anticristo. Um dos sinais dessa última, é a tomada do diabo, na pessoa no Anticristo, da cidade de Jerusalém, a qual ele destruirá. E o diabo, sabendo desse sinal e da recriação de Israel como país, passou também a cumprir o seu papel: armando o cenário para “acelerar” esse tempo que ele tanto espera, onde ele será senhor sobre a Terra por sete anos.

Muitos ramos do ocultismo começaram a ligar o fim da dispensação da graça no ano 2000. Durante muito tempo se acreditou que por volta do ano 2000 aconteceria o arrebatamento, mas não aconteceu. Baseado nessa crença, em 1991, após a queda do socialismo russo, o então presidente norte-americano George Bush (pai do atual presidente, George W. Bush), anunciou uma “Nova Ordem Mundial”, um novo mundo, unido pela paz e por um único sistema de governo – o capitalismo, prenunciando a vontade que consta na Bíblia como profecia – de que no governo do Anticristo o mundo estaria unido, num único mercado, submetido a ele e as regras que ele irá ditar (Apocalipse 13:17).

Bom lembrar também o que aconteceu na Alemanha depois da crise de 1929. Naquele tempo, o país foi, entre os europeus, o que se restabeleceu mais rápido. O país cresceu através da centralização, de um governo forte no campo dos investimentos, mas que tinha uma face obscura: dura perseguição religiosa, matando milhões de judeus e outras minorias. Mas naquele tempo, poucos reclamaram, pois o restante da população, depois de um tempo de grave crise e ao ser manipulada pela propaganda nazista e ao ver uma realidade financeira diferente, não estava muito preocupada se isso custasse a vida de alguns. Alguns esses, que o próprio governo, usando de propaganda odiosa, responsabilizou-os por ter dado origem a crise. O governo alemão daquele tempo matava a olhos vistos, se fortaleceu militarmente, e só não se expandiu a ponto de tomar todo o mundo porque seu território não favorecia. Ou, caso queira acreditar, porque não era o tempo ainda da perseguição aos judeus se disseminar no mundo. Era tempo sim, do mundo entender que a perseguição relatada na Bíblia é plenamente possível de acontecer no restante do mundo, bastando apenas que fosse mais “organizado” e se iniciasse nos lugares e tempo correto. Como dito em outro artigo, o sucesso temporário do governo de Hitler na perseguição judaica por sete anos (1938-1945), prova ser plenamente possível que no mundo de hoje haja uma perseguição semelhante, em proporções globais.

Chamo atenção ainda a um outro ponto, já provado por diversos documentários independentes: as guerras do mundo são fabricadas. Assim como a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais foram financiadas, ambos os lados, pelo mesmo governo norte-americano, o mesmo se aplica a quase todas as guerras do mundo. Basta se lembrar das últimas guerras que ocorreram no mundo (Afeganistão, Iraque, Israel-Palestina, Vietnã) e de que todas elas os Estados Unidos estão apoiando claramente um dos lados e enviando armas e até soldados combatentes. Assim, se tivessem interesse – entendam aqui, se a guerra não desse lucro – esses mesmos financiadores da guerra teriam totais poderes para colocar fim em todas as guerras internacionais.

Nesse mundo das guerras, há uma questão frágil, que será determinante no nosso futuro: Israel e Palestina. Ali em Jerusalém há uma disputa de religiões – cristã, muçulmana e judaica – que têm para si que aquela cidade é sagrada para suas religiões. A única solução não é o prevalecimento de um dos lados, mas a internacionalização de Jerusalém. Mas os líderes dos principais países da Terra, que trabalham para as forças dominadoras deste mundo (Efésios 6:12), não tem interesse, não agora, que essa guerra acabe. A união ocorrerá, um novo templo/mesquita/igreja será construído, profanando o nome do Senhor, mas apenas sob o governo do Anticristo. Até lá, esteja certo que essa região passará por uma guerra talvez de proporções maiores que a própria 2ª Guerra Mundial. Enquanto a hora não chega, os Estados Unidos abastecem os judeus com armas e recursos financeiros para que eles fiquem ali se defendendo dos ataques dos palestinos, que estavam naquelas terras antes de serem “despejados” pelos judeus.

Agora, após ler tanta coisa sobre geopolítica e economia, você deve estar novamente se perguntando, o que isso tem a ver com nós, cristãos? Primeiro, vamos à Bíblia:

“Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1 Tessalonicenses 5:3)

A crise, tanto política quanto econômica, deixam as pessoas vulneráveis a aceitar coisas impensáveis. Num cenário de instabilidade e insegurança, as pessoas são levadas a aceitar novas práticas, novas soluções em nome de uma promessa de volta à tranqüilidade. Nós, como seres humanos, temos o hábito de só buscar ou de aceitar todo tipo de ajuda quando estamos em problemas. E os homens, antes do aparecimento do anti-cristo estarão bastante vulneráveis. Veja:

“Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.” (Lucas 21:26)

Muitos de nós cristãos acabamos sendo ingênuos e não entendemos como a humanidade estará pronta a aceitar o Anticristo quando ele aparecer. Simples: da mesma forma como os alemães aceitaram o regime de Hitler, as pessoas aceitarão o Anticristo porque ele trará consigo paz. Mas não a paz verdadeira, mas a paz anunciada no versículo acima, a paz falsa, que precederá a repentina destruição. Avancemos no tempo e imaginemos como estará o mundo em meio a uma nova quebra da bolsa de Nova Iorque, que trará uma crise de proporções muito maiores do que a de 1929, pelo fato da economia mundial estar num nível muito maior de complexidade do que naquela época. Imagine também que os países mais influentes do mundo estejam envolvidas numa nova guerra mundial, entre Israel e Palestina, que mate aos milhões. Imaginem esse cenário e que surja um diplomata com novas idéias de paz, que tome as rédeas do mundo, finalize os financiamentos às guerras, acabando com elas, e ainda centralize a economia, resolvendo a crise. Some-se a isso, um processo de “deusificação” deste homem nos meios de comunicação de massa de todo o mundo. Quem não o verá com bons olhos? Quem não aceitará suas determinações? A grande maioria das pessoas acreditará nele – pois a religião, causa de conflitos, já terá entrado em descrédito no mundo, por ter sido causa de guerras. Da mesma forma que a Alemanha aceitou Hitler de braços abertos, mesmo com ele ordenando a morte daqueles que não se enquadravam no seu sistema, a humanidade vai aceitar o Anticristo, mesmo com ele perseguindo os “fanáticos” judeus e cristãos que não quiserem entrar no seu sistema pacificador do mundo, simplesmente por não aceitarem um simples chip na mão, que só trará segurança e praticidade. Logicamente, a morte desses “revoltados” não assustará as pessoas, já que serão aparentemente eles que estarão se opondo ao governo, pela insubmissão, e não o governo os matando injustamente.

Esse “Messias” enganará os habitantes da Terra, e os levará a um falso acordo de paz de 7 anos, que será quebrada por ele na metade do prazo, trazendo a “repentina destruição” predita na Bíblia, fazendo com que tardiamente, os homens percebam o engano em que entraram ao negarem a Deus (2 Tessalonicenses 2:11).

Por mais que muitos de nós não queira acreditar, os efeitos da crise que se anuncia tem tudo para trazer consigo exatamente as conseqüências descritas nesse artigo. Aumento das guerras e da instabilidade econômica, até o ponto que os homens se desesperarão tanto a ponto de se tornarem vulneráveis a ponto de não saberem discernir a verdadeira paz de uma paz enganosa, como o engano que os alemães caíram a acreditar no governo de sucesso econômico do nazismo.

O recado que deixo é para que fiquemos com os olhos abertos. Para que nós não sejamos levados pelo engano.

Não sabemos quando será o arrebatamento, portanto todo cuidado é pouco para que não sejamos levados pela opinião do senso comum, movido pela vulnerabilidade de acreditar em qualquer sinal de tranqüilidade em meio à crise. Se não sabemos quando será o arrebatamento, há estudiosos que identificaram como um grande sinal que precederá o aparecimento do Anticristo: a eclosão de uma Terceira Guerra Mundial (Israel-Palestina). Tal guerra, por gerar incontáveis mortes, gerará uma aversão por religiões em muitos e que de suas cinzas fará aparecer um homem, o Anticristo, que trará, com aparente sucesso, a paz mundial, mas que perseguirá o remanescente do povo de Deus que estiver na Terra (Apocalipse 12:17).

A Bíblia não mente nem exagera quando diz que o mundo “jaz no maligno” nem quando diz que desde muito tempo atrás que os reis da terra “conspiram contra o Senhor do mundo” (Salmos 2:1). Cabe a nós cristãos entendermos que o mundo está sendo movido por forças que sequer imaginamos, controlando os governos à sua vontade, para gradativamente levar o mundo à ruína. Ruína que levará junto todos aqueles que não tiverem em si o amor de Deus, que traz a revelação da Verdade (2 Tessalonicenses 2:10). A situação de guerras, fomes e exclusão social, profetizadas na Bíblia e na qual boa parte do mundo está se atolando (Mateus 24:7), é só mais um indicador dos caminhos pelo qual o mundo está indo. Cada vez mais os homens se tornaram escravos do egoísmo, do dinheiro, do consumismo e das guerras. Cabe a nós como cristãos, olhar o mundo aí fora, atento às profecias (1 Tessalonicenses 5:20), para que não sejamos enredados pelas armadilhas do Maligno e estejamos firmes na fé em Cristo Jesus e na certeza de sua volta.

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:11-12)

domingo, 9 de novembro de 2008

Pedindo e recebendo de Deus

Um dos maiores problemas da igreja de nosso tempo é que ela tem perdido o foco daquilo que é o mais importante. Num tempo onde o ensino da sã doutrina da palavra de Deus deixou de ser ensinada com excelência em muitas igrejas, criou-se um grande número de pessoas que estão na igreja, mas seus anseios e projetos são os mesmos das pessoas comuns não-cristãs. O cristão hoje mudou de cara, e se misturou na sociedade, a ponto de ser difícil saber quem serve e quem não serve a Deus no meio da multidão.

Com tais mudanças, veio também um hábito mundano para dentro da igreja. A maioria dos cristãos tem fugido do compromisso com a palavra e com a igreja e tem tão somente procurado aproveitar somente das situações em benefício próprio.

Fruto ou causa disso é a tão conhecida “Teologia da Prosperidade”, que tem feito muitos templos ficarem lotados, com orações prometem ser “poderosas”, campanhas milagrosas, para trazer uma vida regalada para aqueles que são herdeiros de Cristo. Criou-se uma mentalidade errônea, baseada em distorcidas interpretações bíblicas, de que aqueles que servem a Deus tem o direito de serem abastados. Assim, basta a fé e a perseverança em campanhas que o milagre financeiro chegará na vida de todos os que crêem. Estes dizem que se o seu milagre não chegou é porque você ainda não teve fé suficiente.

Ao mesmo tempo, na proporção em que aumenta o número daqueles que vêm requerer de Deus sua fatia no bolo da prosperidade financeira, diminui o número daqueles que buscam, a exemplo dos apóstolos, aquilo que de fato é incorruptível (1 Coríntios 9:25).

Nas igrejas de hoje, uma das poucas pregações que atrai as pessoas aos cultos é a promessa de um Deus que multiplica o dinheiro dos seus filhos. Poucas das grandes igrejas conseguem crescer sem “apelar” ao discurso da prosperidade, como se fizesse parte do plano de Deus para nossas vidas nos tornar ricos.

Em paralelo à busca por bens, há um outro tipo de cristão, não menos oportunista: aquele que só vai atrás de Deus, ou só lembra que Ele existe, quando estão passando por algum tipo de problema.

Lembro-me de quando eu liderava uma reunião semanal de oração e ali, mesmo num grupo de 20 a 25 pessoas, era possível identificar dois grupos de pessoas. Haviam aqueles que tinham um compromisso com aquela reunião e com Deus, e que semanalmente estavam presentes ali. Mas havia um outro grupo, não menor, de pessoas que não tinham o mesmo compromisso semanal, mas sempre que compareciam à reunião vinham com um problema diferente a contar e pedindo oração.

É claro que esse segundo grupo de pessoas tinha fé, pois se não tivessem, nem ali compareceriam. Mas na fé deles havia um problema: “limitavam” Deus à sua necessidade. Só acreditavam no Deus como um Pai zeloso, que sempre está de plantão para abençoar. Mas não tinham um compromisso efetivo com esse Deus no qual criam. Não se preocupavam em ter uma convivência com Deus, tendo o louvor e o estudo da palavra como hábito em suas vidas, nem tampouco em buscar os frutos do Espírito para suas vidas. Por isso, por não ter obra alguma diante de Deus, a fé destes, ainda que seja “exercida” no momento da adversidade, é morta (Tiago 2:26).

A palavra de Deus traz também um exemplo semelhante desse tipo de comportamento nos tempos de Cristo:

“E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.” (Lucas 17:11-19)

Nessa passagem, 10 homens apareceram diante de Jesus, clamando por cura. Cristo então ordenou que eles fizessem um exercício de fé: fossem ao sacerdote, que então seriam curados. Seguindo tal instrução, todos então foram curados. Mas apenas um voltou para glorificar a Deus. Apenas um soube reconhecer que foi curado por Cristo e lembrando d’Ele, voltou para agradecer.

É claro que aqueles 10 homens ouviram falar das curas que Cristo operava naqueles tempo. Todos eles conheciam a fama de um Homem que fazia cegos enxergarem, coxos andarem e surdos ouvirem. Por isso, sabiam que se chegassem a Ele seriam curados. Assim também, muitas pessoas ficam sabendo de cultos e campanhas. As igrejas de hoje fazem pesados trabalhos de divulgação, e um sem número de pessoas carregadas de problemas e pedidos chegam nas igrejas para serem abençoados, assim como aqueles 10 homens se aproximaram de Cristo. Mas a dura verdade é que o final da história também se repete. A maioria dessas pessoas não está interessada em se estabelecer numa igreja e gerar frutos a Deus, mas sim, tem o único e exclusivo interesse de receber a benção que almeja. Como a maioria deles não recebe, e nem tem o devido esclarecimento de como a obra de Deus funciona, cria-se uma multidão de pessoas frustradas, que não conhecem a Deus, e que saem por aí falando mal das igrejas, proferindo as piores acusações contra pastores e obreiros, como se estes tivessem mentido a respeito de Deus, e não eles é que chegaram na igreja com falsas expectativas.

A própria Bíblia diz que Cristo não tem parte com aqueles que só vivem pedindo. Além de afirmar que a fé sem obras é morta, a Bíblia ainda diz que “nem todo aquele que diz Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus”, mas somente aquele que faz a vontade de Deus (Mateus 7:21). E a vontade maior de Deus não é que a sua vida seja sempre repleta de bênçãos ou que você não tenha problemas. Sua vontade é que o maior número de pessoas sejam salvas (João 6:39). Há pregadores que insistem no engano de que Deus quer filhos que saibam pedir, que venham diante de Deus “requerer o que é seu”. Não há parte alguma no Novo Testamento que diz isso. Muito pelo contrario, a garantia que Deus deu aos que desejam viver em Cristo passa bem longe de uma vida regalada (2 Timóteo 3:12). Muitos se esquecem de que aquele que quiser seguir a Deus deve tomar sua cruz, e não exigir um quinhão, como se Deus estivesse disposto a fazer algum tipo de negócio. Senhor não faz negócio com servo.Pelo contrário, servo que confia no seu senhor faz somente sua vontade, sem exigir recompensas imediatas ou futuras.

Numa outra passagem interessante, a Bíblia diz que nós sequer sabemos como orar a Deus (Romanos 8:26). Não sabemos também nem como pedir porque as nossas intenções nem sempre são aprovadas diante de Deus (Tiago 4:3).

Muito mais do que ter fé para pedir, há uma fé que consiste em acreditar em Deus e na Sua Vontande. Temos muita impaciência em ver nossos desejos realizados, sem nem saber se eles serão bons ou ruins para nós, que acabamos nos esquecendo que Deus é o Senhor de nossas vidas e Ele que sabe de nossas necessidades. A Bíblia recomenda que devemos entregar nossas vidas a Ele, e confiar, pois Ele bem sabe o que é melhor para nós e o que fazer para realizar em nós o melhor de Sua Vontade (Salmos 37:5). Ele, e somente Ele, sabe quais de nossos pedidos serão bons ou ruins para nós no futuro, por isso, não deve caber a nós melhor pedido do que o simples cumprimento da vontade de Deus em nossas vidas.

Sou daqueles que não acredita em campanhas de prosperidade. Até porque a motivação da prosperidade que se busca na maioria dos casos é a financeira. E ser prospero financeiramente não significa ser mais próximo de Deus. Pelo contrário, dinheiro nunca foi sinônimo de salvação (Mateus 19:24). O que vejo em campanhas milagrosas, são sempre as mesmas pessoas, que não entenderam que a prosperidade não estar em ser insistente, mas em entender o real significado do que é ser próspero. Deus que ver todos os seus servos prósperos. Não ricos, mas prósperos. Prósperos na fé, na graça, no amor e no conhecimento da verdade de Deus. Bênçãos financeiras seguramente não são parte do melhor de Deus para a vida de seus servos.

Também é verdade que Deus não quer que seus filhos vivam na pobreza, passando por necessidades (Salmos 37:25). Deus deseja também que sejamos fartos, mas que acima de tudo não tenhamos mais do que o bastante, para não corrermos o risco colocar os bens que temos à frente da nossa dependência que devemos ter de Deus. Antes de sermos mestres nas exigências à Deus, precisamos ainda aprender a lição da fidelidade, e aprender a provar que somos fiéis antes de querer pedir que Deus abra as janelas dos céus para nos abençoar (Malaquias 3:10). Fidelidade vem antes de qualquer tipo de exigência.

A Bíblia nos mostra que existem coisas muito mais maravilhosas do que um bom emprego, um carro melhor ou uma casa nova. E essas maravilhosas coisas sim, mereciam estar diariamente em nossas orações e são dignas de fazermos “campanhas” para alcançá-las.

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” (Apocalipse 3:18)

domingo, 26 de outubro de 2008

A relação entre Gênesis e Apocalipse

Gênesis e Apocalipse além de abrir e encerrar a Bíblia são sem dúvida os dois livros mais polêmicos de todo o Livro Sagrado. São livros que se analisados isoladamente, fora do contexto em que foram escritos, são bastante difíceis de serem entendidos, mas guardam grande relação entre si, de forma que, assim como um livro não está completo sem uma introdução e uma conclusão, a própria Bíblia estaria incompleta sem um deles.

O Livro de Gênesis, assim como os 4 livros seguintes (que formam juntos o Pentateuco), foi escrito por Moisés. O livro inaugural da Bíblia narra a Criação e os acontecimentos seguintes, passando pelos primeiros patriarcas, até a composição de um povo propriamente dito de Deus, que a partir do Livro de Êxodo, sob a liderança de Moisés, se constituiu no mundo. É claro que Moisés não presenciou todos os fatos escritos no livro, até porque tudo que ali é relatado se passa antes de seu nascimento. Por isso, acredita-se que as informações ali constantes tenham sido passadas a ele por tradição oral, desde Adão, através de 5 longevos homens: Matusalém, Sem, Isaque, Levi, e Anrão.

O livro da Revelação, ou para nós, Apocalipse, é de grande valia para nós cristãos de hoje, pois possui uma pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno de Jesus Cristo, e que já teriam inclusive se iniciado. É um livro narrativo, pois foi escrito por João, exilado na ilha de Patmos, a partir da visão que a ele foi dada por Deus (Apocalipse 1:19), sobre as coisas que deveriam acontecer até o fim do mundo como hoje nós o conhecemos e o estabelecimento do Reino Eterno de Cristo na nova Jerusalém (Apocalipse 21:2).

Assim, aparentemente tais livros abordariam assuntos completamente diferentes, e não teriam qualquer ligação lógica um com o outro. Mas não é o caso. Na verdade, o segundo é uma conseqüência do primeiro.

Mesmo há milhares anos de Sua Vinda à Terra, Jesus Cristo é “apresentado” no livro de Gênesis. Em Gênesis 3:15, após o homem ter pecado, Deus já declara que virá um, da semente da mulher, que ferirá a cabeça do Diabo e justificará os homens. Esse que era apenas apresentado com Semente da Mulher, surge nos evangelhos como Filho de Deus, humilhado e morto numa cruz pelos pecados humanos, para aparecer de uma forma bem diferente no livro de Apocalipse:

“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores. (Apocalipse 19:15-16)

Se em Gênesis, a serpente submete o homem à desobediência à Deus, pelo pecado, em Apocalipse, aparece Aquele que deu Sua Vida em favor dos homens para que pudesse reinar e ser Senhor sobre todos, subjugando aquele que semeou o pecado na Terra.

Há ainda outras relações também interessantes entre os dois livros. Em Gênesis, são criados os céus e a terra (Gênesis 1:1), mas em Apocalipse estes são substituídos por outros (Apocalipse 21:1), fruto de novo processo de criação de Deus, agora não de uma terra para todos, mas daquela destinada somente apenas aos seus escolhidos.

Se em Gênesis há a primeira alusão ao casamento (Gênesis 2:22), em Apocalipse é relatado o casamento mais importante de toda a história, aquele onde será constituído o laço que unirá o Cordeiro de Deus e a sua noiva, a Igreja de Cristo na Terra (Apocalipse 19:7).

Aparece também em Gênesis pela primeira vez uma das mais belas criações de Deus: os mares (Gênesis 1:10). Mares que deixarão de existir, não aparecendo na cidade preparada por Deus aos seus justos (Apocalipse 21:1)

Em Gênesis, Deus fez dois luminares à Terra, sol e a lua (Gênesis 1:16), que serão desnecessários na nova Jerusalém (Apocalipse 21:23), pois ali a luz da glória de Deus será a única necessária.

A morte, que aparece em Gênesis a partir do momento em que surge o pecado (Gênesis 2:17), será também eliminada com a vida eterna que teremos em Cristo quando com Ele estivermos reinando (Apocalipse 21:4).

Em Gênesis aparece pela primeira vez também o Diabo, através da serpente (Gênesis 3:2-5), que seduz o homem a experimentar do conhecimento do mal e do pecado, no que vence-o e decreta a todo humano não-justificado o destino de viver sempre preso à prática do pecado. Esse Diabo, que prendeu o homem ao pecado, é finalmente preso e lançado vivo no lago de fogo, para nunca mais enganar os homens nem seduzi-los à corrupção (Apocalipse 19:20).

Se esse homem, seduzido pela serpente em Gênesis, comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, e foi proibido de comer da árvore da vida (Gênesis 3:22), em Apocalipse, a sua comunhão com Deus foi totalmente restaurada e a ele foi devolvido o direito de comer da árvore da vida para todo o sempre (Apocalipse 22:2).

Mais do que essas relações teológicas ora citadas, os dois livros tratam ainda de coisas incompreensíveis à mente humana e até certo ponto difíceis de entender.

O livro de Gênesis é visto por muitos não-cristãos de forma folclórica, simbólica. Os que defendem a Teoria da Evolução (teoria que afirma que o ser humano não foi criado, mas evoluído de formas pré-existentes de vida, como dos macacos) não se cansam de criticar o livro de Gênesis e os fatos ali descritos. Para eles, e até para alguns cristãos de pouca fé, os fatos descritos em Gênesis não são literais, justamente por não serem plausivamente concebíveis numa realidade como a nossa de hoje. Assim, defendem que não existiu um jardim com um homem e com uma mulher, que deram origem a toda humanidade, nem tampouco uma arca onde apenas uma família humana e casais de cada espécie animal foram salvos de uma chuva que durou 40 dias e dizimou a vida na Terra (Gênesis 7:4). Também não houve a fracassada construção de uma torre “arranha-céu”, onde a língua humana, até então única, foi “confundida” do dia para a noite (Gênesis 11:9). Também não caiu fogo e enxofre sobre toda uma cidade (Gênesis 19:24) e tampouco uma mulher foi transformada em estátua de sal por tão somente ter desobedecido a ordem de não olhar pra trás (Gênesis 19:26).

Da mesma forma há aqueles que reduzem o livro de Apocalipse também a uma descrição metafórica de algo não realizável na prática. Mesmo frente a tantas profecias se cumprindo, há ramos do cristianismo que afirmam que os fatos ali descritos se consumaram na perseguição do Império Romano à igreja primitiva, desconhecendo que Apocalipse mostra o estabelecimento do Reino de Deus depois dos tempos de perseguição, o que não aconteceu à época. Outros ainda defendem que o que está escrito em Apocalipse é apenas simbólico, não aplicável nem aos romanos, e nem a nós. Ora, se assim fosse, a própria Bíblia estaria incompleta, e sem sentido também estariam as profecias reveladas por Deus a Daniel (Daniel 12:4), e aquelas anunciadas por Cristo nos evangelhos, onde Ele mesmo fala das perseguições que a Terra passará e da promessa, cumprida em Apocalipse, de que Ele voltaria para buscar o Seu povo e com ele reinar (Mateus 24:30).

Assim, pela conexão que guardam entre si e pelos fatos ali descritos, acreditar em Gênesis e em Apocalipse é mais do que aceitar um preceito doutrinário ou entender uma história bíblica. É sim, uma prova de fé. Fé na verdade de que existe um Deus verdadeiro, que criou o homem a partir do pó da terra e a ele deu vida, constituindo-o na Terra. Fé também de que esse mesmo Deus, que mandou seu Filho à Terra para justificar os homens com Sua própria Vida, enviá-lo-á novamente para julgar o mundo e salvar todo aquele que n’Ele crê.

“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Apocalipse 1:1-3)

“Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” (1 Pedro 1:7-9)