Não há tema mais atual no meio jornalístico do que a crise econômica iniciada nas principais bolsas de valores do mundo nos últimos meses. Mesmo os mais “desantenados” dos jornais e revistas semanais sabe que em algum lugar do mundo se anuncia uma crise que parece que ainda vai durar. Milhões de pessoas no mundo todo possuem boa parte de seu patrimônio financeiro vagando pelo mercando financeiro, e frente a essa crise, ficam com suas cabeças cada vez mais preocupadas cada vez que ligam a TV nos jornais diários e não assistem a nenhum sinal de melhora.
Muitos devem se lembrar que em 1929 aconteceu algo semelhante. O consumismo e a produção industrial aumentaram demais, até que o consumo se estagnou, e a produção não parou. Resultado: quebra da bolsa de Nova Iorque e crise econômica, com falências e desemprego em massa nos principais países do mundo. O mundo naquela época só se recuperou por conta de um incentivo: a guerra. Dez anos depois nasceu uma guerra que matou mais do que todas as outras guerras da história da humanidade antes ocorridas.
A situação de recessão e queda no consumismo desenfreado que precedeu a crise de 1929 está se repetindo. E isso é que está deixando os investidores e consumidores comuns de cabelos
Antes que você possa pensar o contrário, esse não é um artigo de um economista, ou de alguém que entende alguma coisa de mercados e aplicações. É sim, um artigo que visa analisar os efeitos que essa crise econômica poderá ter no mundo e o que a aproxima das profecias bíblicas. Mas você pode aí estar pensando: o que eu como cristão tenho a ver com isso. Ainda que você seja como Paulo, que vivia pela fé e não tinha a sua própria vida na terra como lucro algum (Filipenses 1:21), os efeitos dessa crise chegarão até nós de uma forma bem importante. Vamos analisar então algum outros pontos históricos do século passado que tem muito a ver com as profecias bíblicas, para que você entenda melhor o que eu estou querendo dizer.
Desde 1967, quando se cumpriu a profecia bíblica de que o povo de Deus, os judeus, teriam de volta Jerusalém e Israel novamente, passou a se entender no meio cristão que se realizou um dos sinais mais indicadores que o arrebatamento estaria próximo, descrito no livro de Daniel:
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9:25-27)
Em apenas três versículos narra a visão que lhe foi passada por Deus de coisas que aconteceriam desde o seu tempo, chegada de Cristo como Messias, e a chegada do Anticristo. Um dos sinais dessa última, é a tomada do diabo, na pessoa no Anticristo, da cidade de Jerusalém, a qual ele destruirá. E o diabo, sabendo desse sinal e da recriação de Israel como país, passou também a cumprir o seu papel: armando o cenário para “acelerar” esse tempo que ele tanto espera, onde ele será senhor sobre a Terra por sete anos.
Muitos ramos do ocultismo começaram a ligar o fim da dispensação da graça no ano 2000. Durante muito tempo se acreditou que por volta do ano 2000 aconteceria o arrebatamento, mas não aconteceu. Baseado nessa crença, em 1991, após a queda do socialismo russo, o então presidente norte-americano George Bush (pai do atual presidente, George W. Bush), anunciou uma “Nova Ordem Mundial”, um novo mundo, unido pela paz e por um único sistema de governo – o capitalismo, prenunciando a vontade que consta na Bíblia como profecia – de que no governo do Anticristo o mundo estaria unido, num único mercado, submetido a ele e as regras que ele irá ditar (Apocalipse 13:17).
Bom lembrar também o que aconteceu na Alemanha depois da crise de 1929. Naquele tempo, o país foi, entre os europeus, o que se restabeleceu mais rápido. O país cresceu através da centralização, de um governo forte no campo dos investimentos, mas que tinha uma face obscura: dura perseguição religiosa, matando milhões de judeus e outras minorias. Mas naquele tempo, poucos reclamaram, pois o restante da população, depois de um tempo de grave crise e ao ser manipulada pela propaganda nazista e ao ver uma realidade financeira diferente, não estava muito preocupada se isso custasse a vida de alguns. Alguns esses, que o próprio governo, usando de propaganda odiosa, responsabilizou-os por ter dado origem a crise. O governo alemão daquele tempo matava a olhos vistos, se fortaleceu militarmente, e só não se expandiu a ponto de tomar todo o mundo porque seu território não favorecia. Ou, caso queira acreditar, porque não era o tempo ainda da perseguição aos judeus se disseminar no mundo. Era tempo sim, do mundo entender que a perseguição relatada na Bíblia é plenamente possível de acontecer no restante do mundo, bastando apenas que fosse mais “organizado” e se iniciasse nos lugares e tempo correto. Como dito em outro artigo, o sucesso temporário do governo de Hitler na perseguição judaica por sete anos (1938-1945), prova ser plenamente possível que no mundo de hoje haja uma perseguição semelhante, em proporções globais.
Chamo atenção ainda a um outro ponto, já provado por diversos documentários independentes: as guerras do mundo são fabricadas. Assim como a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais foram financiadas, ambos os lados, pelo mesmo governo norte-americano, o mesmo se aplica a quase todas as guerras do mundo. Basta se lembrar das últimas guerras que ocorreram no mundo (Afeganistão, Iraque, Israel-Palestina, Vietnã) e de que todas elas os Estados Unidos estão apoiando claramente um dos lados e enviando armas e até soldados combatentes. Assim, se tivessem interesse – entendam aqui, se a guerra não desse lucro – esses mesmos financiadores da guerra teriam totais poderes para colocar fim em todas as guerras internacionais.
Nesse mundo das guerras, há uma questão frágil, que será determinante no nosso futuro: Israel e Palestina. Ali em Jerusalém há uma disputa de religiões – cristã, muçulmana e judaica – que têm para si que aquela cidade é sagrada para suas religiões. A única solução não é o prevalecimento de um dos lados, mas a internacionalização de Jerusalém. Mas os líderes dos principais países da Terra, que trabalham para as forças dominadoras deste mundo (Efésios 6:12), não tem interesse, não agora, que essa guerra acabe. A união ocorrerá, um novo templo/mesquita/igreja será construído, profanando o nome do Senhor, mas apenas sob o governo do Anticristo. Até lá, esteja certo que essa região passará por uma guerra talvez de proporções maiores que a própria 2ª Guerra Mundial. Enquanto a hora não chega, os Estados Unidos abastecem os judeus com armas e recursos financeiros para que eles fiquem ali se defendendo dos ataques dos palestinos, que estavam naquelas terras antes de serem “despejados” pelos judeus.
Agora, após ler tanta coisa sobre geopolítica e economia, você deve estar novamente se perguntando, o que isso tem a ver com nós, cristãos? Primeiro, vamos à Bíblia:
“Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1 Tessalonicenses 5:3)
A crise, tanto política quanto econômica, deixam as pessoas vulneráveis a aceitar coisas impensáveis. Num cenário de instabilidade e insegurança, as pessoas são levadas a aceitar novas práticas, novas soluções em nome de uma promessa de volta à tranqüilidade. Nós, como seres humanos, temos o hábito de só buscar ou de aceitar todo tipo de ajuda quando estamos
“Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.” (Lucas 21:26)
Muitos de nós cristãos acabamos sendo ingênuos e não entendemos como a humanidade estará pronta a aceitar o Anticristo quando ele aparecer. Simples: da mesma forma como os alemães aceitaram o regime de Hitler, as pessoas aceitarão o Anticristo porque ele trará consigo paz. Mas não a paz verdadeira, mas a paz anunciada no versículo acima, a paz falsa, que precederá a repentina destruição. Avancemos no tempo e imaginemos como estará o mundo em meio a uma nova quebra da bolsa de Nova Iorque, que trará uma crise de proporções muito maiores do que a de 1929, pelo fato da economia mundial estar num nível muito maior de complexidade do que naquela época. Imagine também que os países mais influentes do mundo estejam envolvidas numa nova guerra mundial, entre Israel e Palestina, que mate aos milhões. Imaginem esse cenário e que surja um diplomata com novas idéias de paz, que tome as rédeas do mundo, finalize os financiamentos às guerras, acabando com elas, e ainda centralize a economia, resolvendo a crise. Some-se a isso, um processo de “deusificação” deste homem nos meios de comunicação de massa de todo o mundo. Quem não o verá com bons olhos? Quem não aceitará suas determinações? A grande maioria das pessoas acreditará nele – pois a religião, causa de conflitos, já terá entrado em descrédito no mundo, por ter sido causa de guerras. Da mesma forma que a Alemanha aceitou Hitler de braços abertos, mesmo com ele ordenando a morte daqueles que não se enquadravam no seu sistema, a humanidade vai aceitar o Anticristo, mesmo com ele perseguindo os “fanáticos” judeus e cristãos que não quiserem entrar no seu sistema pacificador do mundo, simplesmente por não aceitarem um simples chip na mão, que só trará segurança e praticidade. Logicamente, a morte desses “revoltados” não assustará as pessoas, já que serão aparentemente eles que estarão se opondo ao governo, pela insubmissão, e não o governo os matando injustamente.
Esse “Messias” enganará os habitantes da Terra, e os levará a um falso acordo de paz de 7 anos, que será quebrada por ele na metade do prazo, trazendo a “repentina destruição” predita na Bíblia, fazendo com que tardiamente, os homens percebam o engano em que entraram ao negarem a Deus (2 Tessalonicenses 2:11).
Por mais que muitos de nós não queira acreditar, os efeitos da crise que se anuncia tem tudo para trazer consigo exatamente as conseqüências descritas nesse artigo. Aumento das guerras e da instabilidade econômica, até o ponto que os homens se desesperarão tanto a ponto de se tornarem vulneráveis a ponto de não saberem discernir a verdadeira paz de uma paz enganosa, como o engano que os alemães caíram a acreditar no governo de sucesso econômico do nazismo.
O recado que deixo é para que fiquemos com os olhos abertos. Para que nós não sejamos levados pelo engano.
Não sabemos quando será o arrebatamento, portanto todo cuidado é pouco para que não sejamos levados pela opinião do senso comum, movido pela vulnerabilidade de acreditar em qualquer sinal de tranqüilidade em meio à crise. Se não sabemos quando será o arrebatamento, há estudiosos que identificaram como um grande sinal que precederá o aparecimento do Anticristo: a eclosão de uma Terceira Guerra Mundial (Israel-Palestina). Tal guerra, por gerar incontáveis mortes, gerará uma aversão por religiões em muitos e que de suas cinzas fará aparecer um homem, o Anticristo, que trará, com aparente sucesso, a paz mundial, mas que perseguirá o remanescente do povo de Deus que estiver na Terra (Apocalipse 12:17).
A Bíblia não mente nem exagera quando diz que o mundo “jaz no maligno” nem quando diz que desde muito tempo atrás que os reis da terra “conspiram contra o Senhor do mundo” (Salmos 2:1). Cabe a nós cristãos entendermos que o mundo está sendo movido por forças que sequer imaginamos, controlando os governos à sua vontade, para gradativamente levar o mundo à ruína. Ruína que levará junto todos aqueles que não tiverem em si o amor de Deus, que traz a revelação da Verdade (2 Tessalonicenses 2:10). A situação de guerras, fomes e exclusão social, profetizadas na Bíblia e na qual boa parte do mundo está se atolando (Mateus 24:7), é só mais um indicador dos caminhos pelo qual o mundo está indo. Cada vez mais os homens se tornaram escravos do egoísmo, do dinheiro, do consumismo e das guerras. Cabe a nós como cristãos, olhar o mundo aí fora, atento às profecias (1 Tessalonicenses 5:20), para que não sejamos enredados pelas armadilhas do Maligno e estejamos firmes na fé
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” (Efésios 6:11-12)