domingo, 14 de março de 2010

O homem de verdade segundo a Bíblia

A nossa sociedade passa por uma crise moral. Como predito pela Bíblia, a iniqüidade tomou conta do coração dos homens e estes perderam sua afeição e tornaram-se egoístas. A família, instituição criada por Deus no Jardim do Éden, não é mais respeitada como nos séculos anteriores. O resultado disso é a falência moral da sociedade, que perdeu suas bases e referenciais.

Uma das razões disso está no fato de que os seres humanos perderam sua identidade. Os homens não são mais verdadeiros e respeitáveis como a Bíblia recomenda que fossem e as mulheres têm rejeitado o modelo de comportamento que a Bíblia estabeleceu como sendo o melhor para elas.

A nossa geração não sabe se relacionar, tampouco tem entendido o papel de cada sexo. Se assim não o fosse, não precisaríamos falar de homossexualismo, homofobia e temas tão desnecessários de serem falados como esses (principalmente se olharmos nossas gerações passadas), fruto de um desajustamento do homem diante do propósito para o qual ele foi criado.

Na criação, Deus estabeleceu dois gêneros: macho e fêmea. Não houve meio termo. Há poucos dias num programa de televisão, um pastor disse, acertadamente, que não existe nenhum gene ou cromossomo que determine que um homem, ao crescer, será atraído por mulheres ou será homossexual. Tudo isso é fruto de escolhas. O homem passa por diversas experiências em sua vida, nas quais ele se vê diante de um comportamento de acordo com a Palavra de Deus de um lado e, de outro lado, de um caminho pecaminoso. Assim, não existe justificativa para que um homem se entregue à prática de pecados sexuais, pois a própria Bíblia diz que o homem foi biologicamente criado para se comportar da forma que a Bíblia prevê que se comporte, no tempo e na forma estabelecida por ela.

Mas sabemos que as exceções a essas regras bíblicas são inúmeras e há milhões de homens em nosso país que não assumem seu papel na sociedade como deveriam assumir, ainda que sejam heterossexuais. As causas que dão origem a isso são inúmeras.

Uma delas é a de que somos filhos de pais que não eram comunicativos. Muitos de nós fomos criados por pais e mães que em nossa infância e adolescência deixaram a desejar ao tratar de assuntos sensíveis na formação de nosso caráter. Por não discernirem o tempo de aconselhar os filhos em assuntos frágeis, como a área sexual, muitos de seus filhos acabam seguindo caminhos errados, como o da prostituição e do homossexualismo.

Além disso, a nossa geração de jovens e adolescentes não sabe o que fazer. Por não saber fazer suas escolhas e por não terem referenciais verdadeiros de caráter e conduta, muitos adolescentes se tornam rebeldes e auto-permissivos demais, não sabendo tomar decisões que acabam alterando significativamente seu futuro, levando muitos a morrerem jovens, no caminho das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis. Alguns dos principais ídolos da juventude dos anos 80 e 90 morreram assim – através da AIDS, do suicídio e de overdose – dando os piores exemplos possíveis a jovens que não têm referenciais a seguir.

Some-se a isso o altíssimo índice de divórcio em nossa sociedade, fruto da inversão de valores nesse tempo. Assim como as mulheres já não estão dispostas a respeitar seus maridos, os homens também têm se negado a amar incondicionalmente suas esposas e não têm pensado duas vezes antes de praticar o adultério.

Assim, diferente do modelo de homem descrito na Bíblia, no nosso tempo surge, mesmo dentro da própria igreja, dois mitos de masculinidade: o emasculado e o machão.

Emasculado: é aquele homem que não é inteiramente masculino, abrindo mão de sua posição de masculinidade. Não se trata do efeminado, que é o mesmo que homossexual, e que a própria a Bíblia afirma que sequer será salvo (1 Coríntios 6:10). Este tipo de homem é geralmente frágil, inseguro e vulnerável. É o tipo de homem que não se altera jamais, mas também é indeciso e fraco em momentos que precisam tomar decisões difíceis. Muitos casamentos não têm sucesso porque os homens não assumem sua posição, como homens de verdade. São homens às vezes simpáticos, bons líderes na igreja, mas não possuem a vitalidade necessária para dirigir sua família.

Esse tipo de homem nasce do mito do eterno galã e cavalheiro. Como a esse homem falta o poder de decidir oportunamente e de ser firme quando necessário, ele acaba sendo um homem que jamais contraria a mulher e que está sempre disponível para servi-la. Assim, acabam não tendo liderança e não são respeitados por suas esposas, já que não demonstram autoridade de chefe de família. São quase tão doces quanto uma mulher, mas por outro lado são covardes, que se omitem do seu papel de líderes de sua família.

É verdade que o homem às vezes deve ser gentil e tenro, mas ele deve discernir o tempo de falar grosso e ter posição, mesmo porque as mulheres, até mesmo por terem corpos com ciclos diferentes, costumam ser mais instáveis emocionalmente e precisam de homens que as amem e saibam tomar decisões pelas quais eles se tornem responsáveis por elas.

O maior exemplo de liderança masculina foi Jesus Cristo. Soube tratar os pobres, e também os mestres, com a mesma humildade. Mas também expressou suas emoções, chorando quando seu amigo Lázaro faleceu e expulsando os cambistas do templo quando estes comerciavam ali.

Machista: o homem machista é exatamente o modelo oposto do anterior. São homens que sempre agem de forma varonil. Esse homem é bravo, autoritário. As pessoas o vêem como o machão, “o dono do pedaço”, mas muitos deles acabam não sabendo tratar suas esposas com amor. Esse tipo de homem pensa que é um homem de verdade, mas na verdade não é.

Muitas vezes, é a própria mídia que gera um tipo de homem como esse. Homens fisicamente fortes, que tem dinheiro e que tem que mostrar pra todo mundo que é “macho”. Aprendem na TV que devem ser melhores que os outros homens para terem todas as mulheres e, quando as conseguem, acabam tratando-as como se fossem mercadorias que lhes pertencessem. Mas a verdade é que a mulher, assim como não se satisfaz com um homem emasculado, também não fica satisfeita com um homem que a oprime, que a subjuga a todo tempo e que não sabe atender as suas necessidades como esposa e como mulher.

Mas afinal, qual é o padrão de homem segundo a Bíblia? A resposta está no equilíbrio.

“Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos. Todas as vossas coisas sejam feitas com amor.” (1 Coríntios 16:13-14)

Esse é o modelo de homem que a Bíblia recomenda. Aquele que é varonil, forte, mas em todos os seus atos manifesta o amor.

Além disso, o homem segundo a palavra de Deus não está preso aos mitos do mundo, como o daquele que diz que “homem não chora”. É claro que o homem não deve ser “chorão”, mas ele pode e deve chorar quando for conveniente, assim como Cristo também chorou quando se entristeceu (João 11:35).

Antes de fazer a obra de Deus, deve o homem também saber governar sua casa, pois aqueles que não sabem governar sua casa adequadamente, também não saberão fazer discípulos de uma forma que agrade ao Senhor (1 Timóteo 3:5).

Por último e mais difícil, todo homem que quer se casar e constituir uma família, deve estar disposto a amar sua esposa de uma forma incondicional, a ponto de dar a vida por ela se for necessário, como o próprio Cristo fez por amor à igreja (Efésios 5:25).

Assim, homens de verdade não são aqueles que se impõem pela força, sujeitando suas esposas com um autoritarismo exacerbado. Também não é aquele que não tem postura firme e que “deixa a esposa mandar”. O verdadeiro homem, dentro do padrão de Deus, é equilibrado, sóbrio (1 Timóteo 3:2) e moderado (Tito 1:8). É firme, mas sabe ser tenro. Lidera sem ser áspero. É seguro sem ser ignorante. E é forte sem perder a sensibilidade.

Os filhos e esposas de nosso tempo esperam pela figura do homem como Deus o estabeleceu, a sua imagem e semelhança. Que não é autoritário, mas possui autoridade sobre sua família na medida em que se comporta como aquele que sabe que é responsável, diante de Deus e dos homens, por toda a sua família.

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Timóteo 5:8)

5 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo texto. Edificante. Que Jesus continue te abençoando e dando sabedoria e entendimento de sua Palavra.

Anônimo disse...

Ótimo texto. Edificante. Que Jesus continue te abençoando e dando sabedoria e entendimento de sua Palavra.

Jhonathan Ramos disse...

Um excelente texto! Obrigado por compartilhar conosco essa reflexão.

Unknown disse...

Ótimo texto. Muito edificador..

Marcio Roberto disse...

Que texto bom, parabéns e obrigado!